Tuesday, January 15, 2008

miuda, não te consigo apaziguar a alma

- deixar de ter medo e entregar-se? ou entregar-se para reviver esse medo?
- quando deixamos de acreditar nas pessoas, o que nos resta é acreditar.

AMAR DÓI TANTO! adoro quando me dizem o contrário. e eu é que sou a problemática. a que não vê as coisas simples, a que complica.
é simples: é bonito, é bom, é viver, é partilha, é conhecimento, é felicidade, é saudade, é tudo. e quando não há? quando morre? quando parte? é dôr.

para me explicarem como se mexem uns ovos, ninguém me fala nos movimentos pendulares nem rotativos com que se deve manusear a mão. dizem-me "bates com o garfo, mexes com ele, só".

simples.
ai mas o amor é tão bonito.
adoraria chacinar quem inventou a palavra "contradição".
e "mar de rosas".

mas porque é que ninguém me deixa dormir nesta casa??

Wednesday, January 09, 2008

TANTA COISA MEU DEUS


Agora sou eu
24.01.06

Jogo com o pensamento.
Cuspo no sentimento.
Penso no que jogo,
tento-me deixar ir.

Tremo e sorrio, indago e suspiro, páro e recomeço, recordo e permaneço.
Reavivar...
A alma e o pensamento cruzam-se e unem-se, quebrando então numa louca parafernália de questões que os coloca em posições opostas, numa roda viva que torna a nossa mente louca também.
Concordo e repenso, chocam uma com a outra, obedecem e respiram por si próprias como se de outro ente se tratasse.
Vivem por mim e fogem para locais desconhecidos e/ou distantes, incapacitando-me de me apegar e compreendê-las.
Drogo-me e atento no espírito incandescente que não é mais que descrito como tal. Arde e puxa o intelecto de volta para mais uma noite louca de paixão com a minha alma, que se evade em poucos segundos devido a incongruências inexplicáveis.
É-me díficil compreender-me.

onde foste?

onde foste ó inocência?

Abraça-me
23.01.06

O poder do inconsciente que é o mero consciente.
A acção do presente que cobrimos com a desculpa do inconsciente em acção. Mais uma vez é o poder do momento invocado para discursar o próprio sentimento, que nos diz e demonstra o saber, cheirar, querer e ver. Viver.
Alimento-me de cheiros, de pessoas, de passeios pedestres na 3ª pessoa, de gaivotas que esvoaçam sobre o cais, de tudo em geral, mas principalmente em particular. Ao pormenor, sem ditados, não regrada, o que é, o que seja. Eu estou aqui para o viver, e sabe-me bem. Partilhar os sentimentos, os conhecimentos, o nada, e um pouco do que sei. Aprender e sugar o que me querem e não querem transmitir. O poder da mente, e o poder das palavras. Dar a volta à questão, brincar com a inteligência, testar, ser testado, soltar palavras sem nexo, e colhê-las com um enorme sorriso físico ou psicológico, tendo a certeza que é bom viver. E ansear por mais momentos destes, pois tudo o que vem, é recebido de braços abertos.

essência

25.01.06

Sinto o rasgar agressivo que puxa as minhas costelas como se fossem asas de porcelana.
Expande-se a um conhecimento notório que me obriga a pôr a cabeça para cima e me força a repetir vezes sem conta a mesma frase.

Medusas do lago

O calor de serem apanhadas,
a adrenalina de fugir, quando no último segundo um pé submerso se aproxima.
O poder de emitir carinho, sendo intocáveis, e o gosto que é observar e admirar a perfeita felicidade.
No seu próprio egoísmo, é conservada a energia dos outros, tocando-lhes levemente com a ponta de seus dedos.
 
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