Friday, July 21, 2006

bacia dormente


Estou tão cansada.. Dói-me tudo. Tenho a mente perturbada. Mas o sorriso não se desfaz. Pego no telefone mas não sei a quem ligar. Só quero que me dêem uma resposta pois estou muito confusa. Invento algo de novo todos os dias. Mas com os meus playmóbis não sei eu brincar.
Mas será assim tão díficil? Sinto-me como uma pessoa fora de mim a tentar-me compreender. Agora sim, entendo, quando as pessoas me dizem que não são capazes de me compreender. A quem é que eu ligo? Que faço? Vou chorar ao mar? Enrolo-me na areia e abro a porta para o destino ao acaso?
Se faz favor, é uma marcação para um hotel onde se possa dormir um mês de seguida sem estupefacientes que molestem o meu corpo.
Quero também consultar o catálogo dos duendes por encomenda. Para as lides.
Só vejo cicatrizes exteriores, por isso não há saliva que cure as interiores. Se há, onde se vende? Onde estão os ditos frascos? Porque páram de jorrar as lágrimas que molham o leito em que nos deitamos? Porquê tantas perguntas? Será que vou recuar no tempo e voltar à facilidade das dores de crescimento?

Saturday, July 01, 2006

o que transcende o pós-evidenciamento

Dissertar asneiras e maus-cumprimentos.
Viajar no alucínio da música que nos transmite sem sabermos, exactamente aquilo que queremos.
Chegar a casa, olhar para um monitor que escreve o que comandamos e ouvirmos a certa batida que nos permite viajar.
Roça o desagradável, mas se é disso que o nosso cérebro necessita porquê o evitar?
Bater com panelas no quarto do vizinho do lado enquanto este descansa só porque precisamos da atenção nem que seja do seu cão a lamber-nos os pés, será então ainda mais desagradável com esta batida maravilhosa.
E?
E o quê?

Ter a certeza que somos loucos para não nos debatermos se o somos ou não. Mas ao mesmo tempo ter a possibilidade de nos debatermos com isso porque nos elucida sermos loucos.
Desdobrar um guardanapo no café central entre amigos de cafés e copos, escrevendo coisas disparatadas como o ciclo da nossa lucidez, de modo a ver os seus intestinos despojados entre batatas fritas e beatas mal apagadas.
O que eu gostava é que alguém me explicasse porque é que as estaladas no meu rosto fazem eco. Será que é por consigar dá-las? E não dar a quem mais merece? Somos auto-críticos no seu próprio exagero de auto-criticismo. Dá-me náuseas mas ao mesmo tempo não me dá, porque isso, acaba por ser como um wonderbra. Não no modo como suporta ou evidencia os seios. Mas sim, do modo, como a pessoa que o usa, deseja evidenciar algo que chame a atenção para si de outros seres.

É TUDO! UMA! ILUSÃO!
Torna-se evidente que não me apetece desenvolver mais o assunto. Ficará então para outro dia.

 
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