Thursday, September 29, 2011

Enquanto a vida não arrebenta

Arrancada da placenta
Pela mão que a amamenta
Nasce uma míuda sardenta
No início dos anos oitenta.

Deveras rabugenta
É banhada em água benta
Naquela Páscoa barulhenta
Feito que p'ra sempre lamenta.

Com o seu metro e cinquenta
Come pastilhas de menta
D'aventuras sedenta
O sol cumprimenta.

Quando a febre fermenta
E quando já não aguenta
Olha o corpo que a atormenta
E demolha-a na sebenta.

Wednesday, September 21, 2011

VAI A ABRIR!

Lágrimas insultuosas acompanham os meus fios de cabelo.
Voam disparadas, atropelando os meus medos e pisando os meus cacos.
O meu cabelo chicoteia-me a cara enervadamente.
Os meus olhos tremem, o meu nariz coça, as minhas mãos suam, mas mesmo a esta velocidade, apenas a dôr me satisfaz.
 
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