Thursday, November 30, 2006

estudos segundos//royale devaneium


Tenho neste preciso momento a oportunidade de fazer um casulo em volta da minha pessoa. Queixava-me da falta de um lápis e um pequeno pedaço de papel, ao qual a minha intuição contribuíu, enviando sinais óbvios a quem não me conhece disponibilizando-me assim o que desejava.
Rodeada de pequenos prazeres..
Um local com luzes de noite, vozes humanas apenas como efeito sonoro, sem que as consiga perceber como as baleias. Música desconhecida que não me faça trauteá-la por a conhecer. Uma vela que não se apaga, um chá bem quente prendendo-me à mesa, e cigarros. O dia chuvoso torna-se assim mais belo.
Um cigarro após outro, uma nota após outra, assistindo ao esfriar do chá através do seu fumo, encontro o momento só, não estando só.
Pois quando estamos sós, somente nós numa divisão fechada sem sentirmos cheiro a carne humana, mesmo que seja por meio visual ou sonoro, muitas vezes não conseguimos encontrar a profundeza da solidão que procuramos.
As questões diárias que colocamos sem nunca as achar.
Nunca questionas o amor? É demasiado? É um assunto extenso, mas não será banal
questioná-lo.
Se vês paixões em todo o lado, se te apetece sorrir às pessoas na rua e quando dás por ti e não sabes se o queres ter..
Quando queres dá-lo a toda a gente, mas não o fazes porque a sociedade injecta malícia na testa das pessoas e tu acabas por não o dar.
Porque às vezes dizer que adoramos os nossos amigos, e nos dirigirmos a uma pessoa que mal conhecemos e dizer-lhe que é pura porque lhe sentimos o cheiro a milhas e ela sorri e pensa que és louco.
"Vou-me sentar naquele sofá porque é mais confortável. Mas assim fico sem contacto visual com a pessoa que está à minha frente... Que se lixe, vou para o sofá. É mais confortável."
As pessoas gostam de mijar nas pernas umas das outras para marcarem território.
Mas não querem ver as suas mijadas.

Wednesday, November 29, 2006

estudos urbanos


as pessoas gostam de mijar nas pernas umas das outras para marcar território.
mas não gostam de ver as suas mijadas.

Sunday, November 12, 2006

nesta latrina a que é que cheira..?


Os meus cigarros crescem sem controle reflexivo, devido a um esquecimento membral
ligado ao cérebro. Ao cérebro estatelado pelo coração e pela alma.
A dôr encoberta é destapada a metade pelos dias consumidos por um lobo com fome.
Vorazmente, com mais necessidade que apetite.
A incapacidade de expressão oral, força a incapacidade literária. Os dedos calam-se
uns aos outros. e não me deixam expandir.
A respiração faz-me vibrar e chega a ser assustadora de modo a que fique acordada
para saber que ainda o estou.Inutilidade, fraqueza, tristeza. Eza Eza Eza Eza. Falta a beleza. É difícil encontrá-la. O mal. O terrível mal. O homem da capa preta que desfigura os belos só porque o são.
Não sei. Já nem isso sei. Já nem o meu corpo sabe não responder à minha mente. O meu corpo egoísta faz com que a minha alma seja egoísta. E a minha alma egoísta torna o
meu pensamento racional egoísta.
Quando tudo o que quero é paz. Só paz. Só.
 
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