Thursday, April 19, 2007

miudas suburbanas part I


Dói-me a cabeça, tronco e membros de tanto pensar..
.. e pensar que batalho por algo que não existe.
Ainda não deixei de acreditar que é possível, mas já esteve bem mais longe o dia de acreditar com mais dentes e forças que assim o era.
Já não sei o que digo. Tenho palavra mas não acredito em mim. Já tomo o dito por não dito.
Estou sentada neste banco, num ambiente que normalmente me fascinaria e sinto-me neutra.
Banco de metal, carris envelhecidos, grilos e batida urbana, pernas doridas que percorreram o dia esperando a noite chegar, para matar saudades.
Saudades que não deveriam ser mortas, mas sim deixadas de molho. Pelo menos num universo paralelo. Para que esta pessoa que se deliciaria num dia normal com os tons alaranjados e castiços que a noite fresca de Lisboa lhe proporciona, não pudesse magoar ninguém...
E o dia do julgamento final que nunca mais amanhece e se faz homem...
 
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