Wednesday, November 28, 2007

rascunhos




Aquele conforto

Saiu de casa, após horas a fio entre folhas soltas, beatas de cigarros, incensos queimados, música deprimente e um corte de cabelo novo.
A noite já ía longa, e só o vento e barulhos de carros em movimento bem longe da estrada, importunavam a fria, mas bonita noite.
Comprou uma cerveja e sentou-se num banco de jardim a fumar mais um cigarro. Ficou ali longos minutos até se começar a sentir incomodada pelo frio.
Ir para casa não era uma hipótese.
Pegou no telefone e enviou-lhe uma mensagem.
Chegou ao lar de um conhecido estranho onde foi recebida com um olá tímido, um beijo na face, e uma caneca de chá quente.
Sentaram-se no sofá a ouvir uma música calma, completamente nova para ela.
Ele embrulhou-a num cobertor e acariciou-lhe o cabelo até ela adormecer.


Era tudo o que ela queria.







O conforto do não-conhecimento da realidade

Ela adormeceu.
Levantou-se lentamente do sofá, aconchegando-a mais um pouco. Olhou para ela como se fosse um anjo ali perdido.
Suspirou profundamente, e foi para o seu quarto...
...onde ficou horas a fio, entre folhas soltas e beatas de cigarros, incensos queimados, música deprimente, e uma fotografia rasgada.

3 comments:

Abssinto said...

Vontade de te roubar este post.

;)

la folie said...

:) tem um pouco o teu "cheiro"

Abssinto said...

Sim... já tre-li:)

 
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