Monday, August 01, 2011

Aninhava-me num monte de merda. Na boa.

(E aqui, o ponto final é o que faz mais sentido, é o que tem mais poder, é o que decide tudo. É o que dá a sentença aos braços cansados, pior que os braços cruzados. Braços moles e dormentes à espera de gangrenarem. É o que define o cansaço, é o que atropela as vírgulas, essas que se agregam nesta, naquela, e na outra, oportunidades de caminharem para a frente, como numa frase. Ele às vezes gostava de ser bem mais pesado, mais rígido, mais respeitado. Mas ele tem o mesmo peso que as suas sentenças. E acaba por se ver resumido, a um mero ponto final.)

2 comments:

KImdaMagna said...

... a tua prosa é poética e contundente.Vocabolas pesos e medidas. Este texto é ! MAÌSCULO.
Escreves bem e fazes me sentir orgulho sanguíneo.

Ofereço te para leitura este poema delicioso e simples da Maria Amares
http://kimangola.blogspot.com/2008/02/formgrafa.html

A preciação ao teu blogue será feita,depois de passar a turbulência em que estou ( quero dizer muito trabalho).

Xaxuaxo
Kim

la folie said...

Uau tio! Obrigada pelas tuas palavras! Vou ler o poema, e fico à espera que o trabalho te dê descanso..
Abraço

 
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