Friday, December 17, 2010

A borracha que apagou, as memórias do meu avô.

Depois de ver seus pais, quem amou demais, e as saudades imortais, à sua espera ali tão perto.
Depois de ver Maria, que jazia, naquele dia, no sofá de sua casa.
Depois de ver Luís, seu petiz, que outrora fora feliz, a lhe ser tirado.
Depois de receber a sua neta, uma míuda um pouco esperta, com uma vida tão incerta, a trazer-lhe rebuçados.
Depois de receber carinhos e postais de natal, brincar não lhe fez mal, a viver na sua terra natal, terra que o viu crescer.
(Da herança, tive esperança, de ficar com a lembrança, do que é ser criança.)

Paz à sua alma, na sua campa não murcharão, as flores da saudade.
Serafim Luís dos Santos
03.02.1910 - 17.12.2005

No comments:

 
Site Meter