Era de pão, a cama onde o diabo se deitou.
Pão que fez, e amassou.
O pão que o diabo amassou, pû-lo na sopa.
E foi o melhor momento do meu dia inteiro.
Sentir o quente na boca de quem não queria comer.
Sentir o pão duro com dias, quase meses, a definhar dentro da sopa, como um corpo dormente a ser absorvido pelo universo.
Curioso serem hábitos de anos, que facilmente se tornam comparáveis a acções duvidosas de razão e certezas.
Comi o pão que o diabo amassou.
O diabo ignorante, que nem sequer era padeiro.
Quase se queimava seriamente a pôr a fornada ao lume.
Mas não se queimou, só ficou com uma ferida enorme que ardeu para sempre.
O pão estava mal cozido.
Se calhar por isso é que a sopa não me caíu bem.
Sunday, June 19, 2011
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment