A água escorre-me pelo peito, a mão não quer enxaguar. A mente não a deixa.
Está demasiado ocupada. A água escorre-me dos olhos. O quente aquece. Superficialmente. Aquece dentro. O grande aquece-o.
Aquele ser aquece-me, escalda-me. Tu, apenas me dás latejâncias na cabeça. No cucuruto, na testa. Um tumor no pescoço. Não é díficil, sou um ser humano como tu. Mas tu não me compreendes. Não te queres deixar invadir pela minha elouquência. Pelo meu prazer de pensar.
Pelo meu segundo nível de elasticidade de desempenho preguiçoso à vista comum. Ao olho comum.
A dôr que me penetra por entre as fibras de algodão e unhas lascadas.
As minhas pestanas colam-se com as tuas palavras.
Fazes-me afirmar o que já sei. Di-lo! Espeta-me um garfo na perna. Torce-o.
Mas não te esforces muito. Lá dentro já se tornou impossível de cicatrizar.
Saturday, March 25, 2006
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2 comments:
olá!!
Já leste alguma coisa do José Luis Peixoto?
beijos
conheço agora! obrigada
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